sexta-feira, 29 de maio de 2020

Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade. Vitor Hugo

Eis aqui mais um texto, realizado pela aluna nº8, Carolina Gonçalves, do 8ºB, elaborado a partir de uma tarefa, baseada na obra «A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar», de Luís de Sepúlveda. Foi sujeito a pequeníssimas alterações inerentes à pontuação, sintaxe.

 

PROTEÇÃO, CORAGEM E RESPONSABILIDADE

 

Nestes tempos difíceis, há algumas pequenas palavras que, na minha opinião, retratam muito bem os tempos difíceis que puseram à prova, uma vez mais, a humanidade. Estas são, por exemplo, proteção, coragem e responsabilidade...

A palavra “proteção” significa ação ou efeito de proteger, apoio, ajuda. A palavra “coragem” significa ausência de medo diante de riscos ou do perigo, bravura, valentia. E, por fim, a palavra “responsabilidade” significa dever de se responsabilizar pelo próprio comportamento, pelas ações de outros, ou obrigação.

Estas palavras, para mim, enquadram-se perfeitamente nestes tempos pelos quais estamos a passar. Na minha opinião, a palavra proteção, neste contexto, é a ação que todas as pessoas, à face da Terra, deverão fazer para não se infetarem e também não infetarem os outros. A palavra coragem, no meu ponto de vista, é a ação que todos os profissionais de saúde demonstram diariamente, para ajudar os doentes infetados, colocando em causa a sua própria proteção. E, por fim, a palavra responsabilidade é, com certeza, uma das mais importantes ações, nestes tempos pandémicos, e que é muito bem desempenhada pelos trabalhadores essenciais.

De facto, a obra de Luís de Sepúlveda, «A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar», também, na minha opinião, aborda estas palavras de uma maneira diferente pois, de certo modo, o gato realizou e demonstrou estas ações ao cuidar do ovo e da gaivota. Estas três simples palavras, que todos gostaríamos que se transformassem em atos, daqui a muitos anos, quando olharmos para trás, definitivamente, vão definir esta época como difícil, para toda a população humana da Terra.

Carolina Gonçalves 8ºB Nº8

"A palavra coragem, no meu ponto de vista, é a ação que todos os profissionais de saúde demonstram diariamente, para ajudar os doentes infetados...)

" ...daqui a muitos anos, quando olharmos para trás, definitivamente vão definir esta época como difícil para toda a população humana da Terra".

 

quarta-feira, 27 de maio de 2020

“A amizade supõe a confiança, união de pensamentos e esperança”. André Maurois

Ainda no âmbito do «Estudo em Casa», dirigida aos alunos do 7º e 8º anos, e a propósito de  um excerto da obra, «A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar», de Luís de Sepúlveda, aqui está mais uma resposta, da aluna Matilde Santos, nº12, do 8ºE, ao desafio proposto, com as correções inerentes à pontuação, sintaxe e alguns aperfeiçoamentos a nível da «organização e coesão textual».

 

Companheirismo e cooperação

 

Companheirismo é o comportamento que caracteriza o modo amistoso, cordial e leal do convívio entre duas pessoas.  A cooperação é uma ação conjunta para uma finalidade, objetivo em comum. Estas duas palavras, que se tornam ações, ambas implicam mais do que uma pessoa, para que se possam fazer coisas em conjunto, ou a tomar decisões importantes.

Muitas vezes, o que leva à falta destes valores, na minha opinião, é o facto das pessoas não terem confiança umas nas outras e serem arrogantes. Para se conquistar a confiança de alguém, precisamos de dar provas de que somos dignas dessa confiança e temos de ter um espírito aberto e solidário, ajudando e confiando nas pessoas, para que o companheirismo e cooperação se tornem realidades e não fiquem pelos meros conceitos atrás definidos.

   Penso que os seres humanos precisam de ser mais humildes em relação a tudo, pois, sem humildade, não se chega a nenhum lado.  Devemos confiar em quem nos deposita confiança e cooperar para que construamos juntos um mundo melhor. A obra de Luís de Sepúlveda, “ A história da gaivota e do gato que a ensinou a voar”, apesar de ser uma história ficcionada, transmite-nos estes valores intemporais e universais que devemos cultivar e preservar para que eles orientem as nossas vidas e nos ajudem a ser melhores seres humanos.


Matilde Santos, nº12-8ºE


"...ambas implicam mais do que uma pessoa"



terça-feira, 26 de maio de 2020

«Ele aprendia o poder paradoxal da leitura que consiste em abstrair-nos do mundo para lhe encontrarmos um sentido» in « Como um Romance de Daniel Pennac.


Ainda no âmbito do «Estudo em Casa», dirigida aos alunos do 7º e 8º anos, e a propósito de  um excerto da obra, «A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar», de Luís de Sepúlveda, aqui está mais uma resposta, da aluna Lara Martins, nº19, do 8ºB, ao desafio proposto, com as correções inerentes à pontuação, sintaxe e alguns aperfeiçoamentos a nível da «organização e coesão textual».


Valores...

 

Há obras literárias que nos enchem o coração.

Por vezes, quanto mais simples, mais lindas!

“A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar”, de Luís de Sepúlveda, é um exemplo do que acabo de dizer. É história fabulística, pois a ação centra-se numa gaivota, chamada Kengahe e num gato, cujo nome é Zorbas.  Na minha opinião, a simplicidade desta história transmite-nos valores lindos e profundos que devemos preservar. A forma como nos desperta para os problemas ambientais e para a importância da aceitação do outro é, sem dúvida, diferente e original. O autor desta obra aborda o tema da poluição de uma forma simples e perceptível.

Na minha perspetiva, a gaivota encontrou alguém que foi capaz de criar e proteger o seu ovo. Pediu ao gato que, logo que a gaivotinha nascesse, a ensinasse a voar!  É, sem dúvida, preciso coragem. Um gato a ensinar uma gaivota a voar? Como se pode ensinar a fazer algo que nunca fizemos antes? Acho que entra aqui também a coragem, o grande sentido de responsabilidade e o cumprimento da promessa que Zorbas assume no momento em que Kengah está a morrer. Zorbas foi muito corajoso e persistente ao ensinar uma pequena gaivota a voar.  Esta responsabilidade é algo muito admirável nesta história, pois, sem ela, acho que não teríamos uma história tão bonita. O gato cuidou tão bem dela e foi tão dedicado, persistente e protetor que conseguiu ensinar a pequena gaivota a voar.

Acho que a mensagem principal é a amizade, pois Ditosa, a gaivotinha, inicialmente,  dissera que seria impossível ela um dia voar, mas o gato nunca desistiu de a ajudar até que, um dia, conseguiu. Também acho que é uma história que nos ensina à aceitação da diferença do outro e que todos nos podemos relacionar.

 

Lara Martins, nº19, 8ºB

  "Também acho que é uma história que nos ensina à aceitação da diferença do outro e que todos nos podemos relacionar".

 

sexta-feira, 22 de maio de 2020

O talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe ganha campeonatos. Michael Jordan

Ainda no âmbito do «Estudo em Casa», dirigida aos alunos do 7º e 8º anos, e a propósito de  um excerto da obra, «A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar», de Luís de Sepúlveda,  a professora titular de Português, neste ensino à distância, considerou importante o aprofundamento das técnicas de escrita do texto de opinião, tendo lançado este desafio a todas as suas turmas do 8º ano, relativamente aos muitos temas/valores subjacentes à obra abordada na aula televisiva.

Assim, ao desafio proposto à turma do 8ºEa aluna nº6, Lara Oliveira, respondeu da seguinte maneira ao tema «Companheirismo e Cooperação». Aqui vai, então, o texto com as correções inerentes à pontuação (sintaxe)  e significativos  melhoramentos, relativamente aos parâmetros da «organização e coesão textuais» e «pertinência da informação»

    

Companheirismo e Cooperação  

 

Nestes dias malucos, em que ficamos preocupados com a falta de companheirismo, em que o individualismo cresce cada vez mais,  e que nós temos muita dificuldade para trabalhar em equipa, aceitar as diferenças e respeitar as decisões sugeridas pela nossa turma, é importante desenvolver e aprofundar estes conceitos de cooperação, companheirismo, sempre na base do respeito pelo outro.

Para que a turma possa construir-se e evoluir, é fundamental que se estabeleça uma relação de respeito mútuo, companheirismo e cooperação, e que nela o professor seja o maior exemplo. Nesta relação, na minha opinião, é fundamental a aceitação da individualidade de cada um, a sua forma de expressão, as suas escolhas e opiniões, os seus limites e os seus sentimentos. Cooperar não significa concordar com o outro,  mas, acima de tudo, respeitar as suas opiniões. É, na base deste respeito, desta colaboração  que, na minha perspetiva, se pode realmente estabelecer relações de companheirismo, de amizade.    Com todos nós em casa, confinados devido a uma séria pandemia, e com este ensino à distância, tão estranho aos professores e aos alunos,  sou da opinião que os professores devem ter consciência de que os alunos têm ritmos muitos diferentes, alguns não têm meios de comunicação suficientes,  seguindo, por conseguinte, processos distintos no seu desenvolvimento. Os alunos, por sua vez, de um momento para o outro, passaram a um sistema de  ensino, cujas interações pedagógicas não são naturais.

        Sabemos que a cooperação e o companheirismo dentro de uma turma, em contexto de sala de aula, são muito importantes,  porque, quando alguém precisa de ajuda, os alunos estão lá para se ajudarem uns aos outros, sempre com o auxílio dos professores. Neste ensino à distância,  esta colaboração torna-se, na realidade, muito mais difícil e, nestes dias difíceis, os nossos maiores companheiros e colaboradores são, sem dúvida, os encarregados de educação, os nossos pais.  Os professores, por detrás dos monitores dos seus PCs, incentivam-nos ao estudo, ajudam-nos a resolver tarefas e continuam a despertar–nos para a importância do conhecimento, do saber “Ser” e do saber  “Estar”.  Todos juntos, porém,  estamos a dar o nosso melhor!

 

           Lara Alexandra Capa Oliveira N: 6 8E

"Todos juntos, estamos a dar o nosso melhor"!

quarta-feira, 20 de maio de 2020

«O que se quer existe - só que está coberto: Por isso se chama à busca feita pelos Portugueses Descobrimentos». Agostinho da Silva

No âmbito de um desafio da disciplina de História e Geografia de Portugal, proposto nas aulas de 5º ano do «Estudo em Casa», a aluna Eva Sousa, do 5ºD escreveu o poema "Portugueses Pioneiros".

 

Portugueses Pioneiros

 

             Portugueses somos nós          

Pioneiros da Europa

            A nossa nação

Nunca estará morta

 


Conquistámos Ceuta           

Descobrimos a Madeira

Descobrimos os Açores

Tudo à nossa maneira



Encontramos o Brasil

Passámos o Cabo da Boa Esperança

Chegamos à Índia

Sempre com muita confiança.



 

Portugueses pioneiros

Descobrindo o obscuro

Portugueses marinheiros

Viajando pelo mundo.

 

Eva Sousa, 5ºD


             "Portugueses marinheiros/ Viajando pelo mundo."


 

“A competição é a lei da selva, a cooperação é a lei da civilização”. Piotr Kropotkin

Ainda no âmbito do «Estudo em Casa», dirigida aos alunos do 7º e 8º anos, e a propósito de  um excerto da obra, «A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar», de Luís de Sepúlveda,  a professora titular de Português, neste ensino à distância, considerou importante o aprofundamento das técnicas de escrita do texto de opinião, tendo lançado este desafio a todas as suas turmas do 8º ano, relativamente aos muitos temas/valores subjacentes à obra abordada na aula televisiva.

Assim, ao desafio proposto à turma do 8ºE,  a aluna nº10, Letícia Loureiro, respondeu da seguinte maneira ao tema «Companheirismo e Cooperação». Aqui vai, então, o texto com as devidas correções  e um pequeníssimo aperfeiçoamento.

 

Companheirismo e Cooperação

 

         O companheirismo e a cooperação resumem-se no ato de saber viver em grupo com pessoas bastante diferentes, aceitar diferentes opiniões, ouvir novas ideias, ser bondoso, leal, fiel, compreensivo e transmitir igualdade entre as pessoas, dar auxilio e contributo sempre que possível, mas, acima de tudo, saber respeitar a diferença visto que, mesmo que não gostemos de algo, isso não nos dá o direito de desrespeitar ou desrespeitar quem gosta.

         Na minha maneira de ver, saber ser companheiro e cooperar é algo ótimo que pode até fazer-nos sentir bem connosco próprios, pois o facto de termos uma boa atitude, uma atitude solidária é, de certa forma, gratificante. Aquilo que tenho vindo a reparar é que diminuiu este tipo de pessoas. Hoje,  o que eu reparo é que as pessoas “olham apenas para o seu próprio umbigo”, achando sempre que têm razão, que sabem tudo e que são as melhores, mas não… Ninguém sabe tudo e ninguém é melhor que os outros.  É necessário transmitir a igualdade e quebrar esse egocentrismo para que as pessoas oiçam mais do que aquilo que falam e partilhem os seus conhecimentos, as suas opiniões e os ideais que têm formados, pois, assim, estão a ensinar e, ao mesmo tempo, a aprender, pois todos temos algo a ensinar, mas muito mais para aprender.

         Pessoalmente, eu adoro fazer essa partilha de conhecimentos e opiniões, pois assim aprendo sempre algo novo a cada dia, enriquecendo o meu conhecimento abordando novos assuntos. Eu gosto e respeito muito aquilo que é diferente pois, quanto mais diferente, mais diversas coisas e lições de vida tem para partilhar. Então, é por todas estas razões que eu penso que o companheirismo e a cooperação são valores ótimos.

 

Letícia Loureiro, nº10- 8ºE

 "... o facto de termos uma boa atitude, uma atitude solidária é, de certa forma, gratificante".


"... eu adoro fazer essa partilha de conhecimentos e opiniões, pois assim aprendo sempre algo novo a cada dia, enriquecendo o meu conhecimento abordando novos assuntos".


terça-feira, 19 de maio de 2020

Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros. Confúcio

Ainda no âmbito do «Estudo em Casa», dirigida aos alunos do 7º e 8º anos, e a propósito de  um excerto da obra, «A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar», de Luís de Sepúlveda,  a professora titular de Português, neste ensino à distância, considerou importante o aprofundamento das técnicas de escrita do texto de opinião, tendo lançado este desafio a todas as suas turmas do 8º ano, relativamente aos muitos temas/valores subjacentes à obra abordada na aula televisiva.

Assim, ao desafio proposto à turma do 8ºA,  o aluno nº1, Afonso Silva, respondeu da seguinte maneira ao tema «Lealdade e Confiança». Aqui vai, então, o texto com as devidas correções  e um ligeiro aperfeiçoamento.

 

 

Lealdade e Confiança

 

Lealdade e confiança são palavras muito sábias e profundas. A palavra lealdade, inicialmente, designava alguém em quem era possível confiar e que cumpria as suas obrigações legais, ou seja, alguém que não falha com os seus compromissos, demonstrando responsabilidade, honestidade, retidão, honra e decência. A confiança, na minha opinião, vem naturalmente com a lealdade, ou seja, quem é leal também é de confiança, porque confia em si mesmo, quando cumpre os seus compromissos e, a partir da autoconfiança, passa também a confiar em outra pessoa.

     Na sociedade temos vários exemplos destes nobres valores, como os profissionais de saúde que estão a cumprir a sua missão da melhor forma possível, sendo leais com o país, cujo povo português, na minha perspetiva, também está a ser leal com eles. Este é um dos exemplos mais atuais, mas também temos exemplos, já bem antigos, como os marinheiros que foram em busca de terras, com pouca orientação e, mesmo assim, aventuraram-se, porque tinham a confiança de que o país estava com eles e não queriam ser desleais com ele. No meu ponto de vista, estes  valores nobres e intemporais devem ser aplicados em atitudes práticas da vida. Penso que, primeiramente, devemos ser honestos connosco, para lidarmos sempre com a verdade, assumindo os nossos erros. Devemos apenas prometer o que podemos cumprir, e ter atitudes corretas às quais não damos muita importância, mas não passam despercebidas, porque a forma como atuamos é a forma como pensamos.

     Pediram-me para falar apenas destes dois valores, mas, os que devemos respeitar e guardar para a vida, são muitos mais. Não existe ninguém perfeito, mas podemos ser cada vez melhores, basta “trabalhar” e “investir” em nós próprios.

 

Afonso Ricardo Ferreira Silva - Nº1 - 8A


"Não existe ninguém perfeito, mas podemos ser cada vez melhores, basta “trabalhar” e “investir” em nós próprios".



"A confiança, na minha opinião, vem naturalmente com a lealdade..."


 

domingo, 17 de maio de 2020

ESTAMOS ON - As bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas de Braga Oeste têm uma nova página digital criada para, neste momento de distanciamento físico e social, dar apoio a alunos, professores e encarregados de educação. Contém links para recursos pedagógicos/lúdicos, horário de atendimento síncrono e assíncrono e endereço de contacto. 

  BIBLIOTEC@S BRAGA OESTE



sexta-feira, 15 de maio de 2020

" O próximo grande salto evolutivo da humanidade será a descoberta de que cooperar é melhor que competir". Pietro Ubaldi


Numa das aulas de « Estudo em Casa», dirigida aos alunos do 7º e 8º anos, foi abordado um excerto da obra, « A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar», de Luís de Sepúlveda.
Como é do conhecimento de todos os docentes que lecionam português, mas também dos leitores que admiram a escrita de Luís de Sepúlveda, este conto fabulístico, valoriza os princípios básicos da convivência humana. Nele, estão presentes os valores como a honra dos compromissos assumidos; o espírito de grupo e amizade; a integração entre a teoria e a ação; a preservação do ambiente; o respeito pela diferença e pela vontade da maioria; o saber, a harmonia entre as espécies e os direitos dos animais.
A professora de Português, neste ensino à distância, a propósito desta aula a que os alunos têm de assistir,  considerou importante o aprofundamento das técnicas de escrita do texto de opinião e lançou este desafio a todas as suas turmas do 8º ano.
Dos muitos temas/valores subjacentes à obra, a professora fez as seguintes sugestões:
A turma A abordaria o tema « Lealdade e Confiança».  A turma B debruçar-se-ia sobre o tema «Proteção, Coragem e Responsabilidade»  e a turma E, trabalharia o tema « Companheirismo e Cooperação».
Eis aqui um trabalho da aluna nº8, Lara Costa, aluna do 8ºE.

Companheirismo e Cooperação        

O tema “companheirismo e cooperação” é um tema muito pertinente, pois está relacionado com muitos problemas da sociedade atual. O companheirismo é um vínculo que existe entre pessoas próximas, amigos ou familiares. A cooperação é a expressão utilizada para a atuação conjunta dum determinado grupo de pessoas para alcançar um objetivo.
Na minha opinião, o companheirismo e a cooperação são, na verdade, valores importantíssimos para uma vida social, no trabalho, na escola, ou mesmo no ambiente familiar. Hoje em dia, infelizmente, esses valores são cada vez mais escassos na sociedade. As pessoas são cada vez mais por si e somente por si, isto é, gostam cada vez menos de ajudar os outros. A falta de companheirismo e a cooperação é visível, cada vez mais, no trabalho. As pessoas esqueceram o que é trabalho em grupo e espírito de equipa. o seu principal foco, nos dias de hoje, é conseguir ser melhor do que o colega e chegar mais longe, querendo ter todo o mérito só para si. Por esse motivo, o companheirismo vai sendo cada vez mais raro, pois as pessoas vão deixando de gostar umas das outras, e a falta de confiança vai aparecendo, criando, assim, um espírito de rivalidade. A cooperação também começa a desaparecer, pois a ausência de companheirismo começa a fazer com que cada um seja por si próprio, e isto, leva a que o grupo acabe por não querer alcançar os objetivos em conjunto, mas sim  individualmente. Nas escolas, a ausência de companheirismo e cooperação também e visível, principalmente aos olhos de muitos alunos. Nos trabalhos de grupo, por exemplo, o desentendimento entre alunos é muito comum, pois todos querem ficar com o mérito, independentemente se colaboraram ou não na realização do trabalho. Nas avaliações, a comparação de notas, e a vontade de ser melhor do que o colega do lado leva, muitas vezes, à rivalidade. Durante as aulas, o mesmo também acontece, principalmente no que diz respeito à resolução de exercícios propostos pelos professores, ou seja, a competitividade obsessiva de quem acaba primeiro o exercício torna-se doentia.
Concluindo, estes são valores muito importantes e necessários para as pessoas dos tempos atuais. Transmitem muitas lições e a principal é a constatação de que é impossível viver sem o companheirismo e a cooperação. Penso que a sociedade de hoje em dia não tem essa preocupação o que, na minha opinião, é de lamentar. As pessoas estão a tornar-se muito egoístas e ainda não se aperceberam que é muito difícil alcançar um objetivo sozinho. Tudo o que é feito com companheirismo é muito mais fácil.

Lara Pinheiro Costa - 8E  Nº8



quarta-feira, 6 de maio de 2020

Dia Mundial da Língua Portuguesa - Padre António Vieira

Foi ontem, dia 5, mas ainda vamos a tempo de celebrar este dia!
Padre António Vieira foi, de facto, um grande Imperador da Língua Portuguesa, como muito bem o designou Fernando Pessoa, grande escritor português que, um dia, disse com muita convicção: " A minha pátria é a língua Portuguesa"!!

Falemos, então, um pouco deste Imperador da Língua Portuguesa!

Padre António Vieira pode ser ainda qualificado como o defensor dos judeus e dos índios, missionário, agente secreto e escritor genial.
Nasceu em Lisboa (1608-1697). Aos sete anos, António partiu com a família para o Brasil, onde o pai, da baixa nobreza, foi ocupar o cargo de secretário da Governação. Estudou no colégio jesuíta da Baía, entrou para a Companhia de Jesus em 1623 e foi ordenado pa­dre em 1634, com 26 anos.
Os seus dotes oratórios já tinham começado a dar nas vistas quan­do, perante a ameaça de um ata­que holandês, em 1640, pregou na Baía um sermão aguerrido: ‘Pela vitória das nossas armas’.
Reconhecido como aquilo a que hoje se chamaria um especialista em comunicação, o jesuíta foi escolhido para fazer parte da delegação que, em 1641 veio a Portugal manifestar a D. João IV o apoio do Brasil à Restauração.
Em Lisboa, foi um êxito. Os seus sermões em linguagem clara, cheios de metáforas para melhor ilustrarem o que pretendia comu­nicar, comoveram o rei, que o nomeou pregador da capela real.

Padre António Vieira," reconhecido como aquilo a que hoje se chamaria um especialista em comunicação"
                      
                 

terça-feira, 5 de maio de 2020

“ O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete”. Aristóteles (Filósofo grego)




Neste ensino à distância, há alunos que são mais rápidos que outros na resolução de tarefas e, então, estão sempre dispostos a aceitar outros desafios mais criativos. Este desafio consistiu na passagem de um texto dramático, de António Gedeão, “ A história breve da Lua”, para um texto narrativo. Eis aqui a proposta da Íris Andrade, aluna do 8ºE. Obviamente que este texto foi aperfeiçoado, no que diz respeito aos aspetos da pontuação e algumas construções frásicas sintaticamente menos corretas. Porém, o que contou mesmo, foi o trabalho de criação e o confronto com o desafio! Parabéns à Íris Andrade do 8º E.



A Ignorância é triste!


Vou contar-vos uma história que espero que vos agrade. A história não tem idade, vem de tempos muito antigos! Era eu ainda muito pequena, mas recordo-me muito bem!
 Numa noite muito serena, ao colo da minha mãe, olhávamos pela janela, o firmamento. No profundo céu estrelado, via-se a Lua! Estava tão cheia que parecia um balão prateado! A Lua estava manchada e eu, na minha inocência de criança, perguntei à minha mãe:
— Mãe, já viste a Lua como está suja? Parece que tem uma coruja, uma vaca... Gostava de a ver ao perto. — A minha mãe ri docemente!
  De que te ris, mãe?
  Rio-me do que te passa pela cabeça!
  Não é nada do que estás a pensar- diz-me a minha mãe que sabia e sabe tudo!
Então, sempre bondosa e amiga, começou a contar-me a história da lua. Disse-me que, há muitos, muitos, muitos anos, a Lua se apresentava sempre  polida, branquinha, macia e nua. Mas, um dia, tudo mudou, quando um pobre camponês foi apanhado pelo Senhor do Mundo, num domingo, a apanhar lenha. Caminhava curvado, devido ao peso do molho de lenha, e lamentava-se da sua vida triste e miserável. O Senhor do Mundo, sem piedade, amedrontou-o  e ameaçou-o, dizendo-lhe que tinha a semana toda para trabalhar e que o domingo era para descansar. O pobre homem implorou ao Senhor do Mundo que tivesse compaixão dele, porém, o Senhor do Mundo foi implacável e castigou-o severamente, colocando-o eternamente na Lua, para lembrar que toda a gente  deveria respeitar o dia de descanso, o domingo.
A minha mãe segredou-me, depois, que tudo aquilo foi inventado e que só acreditava nessa história quem fosse ingénuo e inculto. Disse-me que, já no seu tempo, na sua aldeia, havia quem acreditasse cegamente nessa história. Havia, porém, dois senhores que entravam em discussões acesas a propósito dessa história: o Srº Agapito a quem o Srº Jerónimo, que era muito casmurro, tentava convencer.
Um dia, um sábio, ao ouvir uma brutal discussão entre o Srº Agapito e o Srº Jerónimo, riu-se e resolveu acalmar os ânimos:
  Ora vivam, meus senhores! Pareceu-me que discutiam qualquer coisa sobre a lua... O Sr Jerónimo, com um olhar parvo, respondeu:
  É Verdade! O meu vizinho Agapito é tão burro que até me enerva!
Nesta altura, em que cada um estava metido na sua casmurrice, o sábio, sensato, sempre duvidoso e astrónomo, achou por bem acabar com aquele dilema:
— Bem, eu conheço muito bem o mundo celeste, mesmo havendo sempre coisas novas a descobrir! Por isso, vou acalmar-vos com a minha pouca sabedoria. Montou o seu óculo num tripé, com lentes de feitios especiais.  Depois de tudo preparado, sempre com o Srº Agapito e o Srº Jerónimo espantados com tamanha tecnologia,  dispôs-se a fazer demonstrações, colocando a sua sabedoria em prática. De repente exclama:
— Cá está ela! Cá está ela! A Lua dos meus amores! Venham vê-las, meus senhores, e digam-me se não é bela! Convidou, então, o Srº Jerónimo a espreitar pelo óculo, porém, ele não aguentou de emoção e  quase desmaiou! Passou, então,  o óculo ao Srº Agapito que,  espantado, observava a Lua. O Sr Jerónimo, impaciente, pergunta-lhe se consegue ver o tal homem. O Srº Agapito dá-lhe o óculo e manda-o procurar. Incrédulo, o Srº Jerónimo diz que só vê covas e mais covas.
Perante a constatação do Srº Jerónimo, o astrónomo resolveu partilhar o seu conhecimento com os senhores campestres. Disse ao Srº Jerónimo que, na verdade, a opinião daquilo que ele via não estava longe da verdade. Disse-lhe que, realmente, a superfície da lua era imensa e estava cheia de altos e baixos com montanhas e crateras. Então, o Sr Jerónimo, parvamente,  pergunta-lhe, então, se, por acaso, lá tem uvas aos cachos e feras nos buracos.  O astrónomo, sabiamente, compara a lua a uma barca perdida nos espaços siderais,  dizendo-lhe que a Lua não tem água nem tem ar, só tem rochas. O Srº Jerónimo, então,  como quem já sabia tudo, perguntou ao astrónomo se tinha luar. O astrónomo uma vez mais, pacientemente e rasgando um sorriso, responde-lhe que a Luz da Lua vem do sol, quando bate nela, como se a luz incidisse, batesse e se refletisse nos vidros de uma janela. Acrescentou que essa luz que o Sol lhe dá, quando bate nas montanhas e nas crateras tamanhas e não notamos de cá, ganham formas que parecem formas de homem, mas que não passam de coisas inventadas.
O Srº Agapito, vaidoso, dirige-se ao Srº Jerónimo e pergunta-lhe quem tinha razão afinal. Jerónimo, abanando a cabeça e torcendo o nariz ainda duvidoso e teimoso, responde a Agapito que tudo não passam de mentiras, patranhas. Perante tanta casmurrice e insistência na ignorância, o astrónomo fez uma exemplificação usando um casaco, suspendendo-o pela gola. Simulou que o casaco era uma montanha banhada pelo Sol. Desta simulação, provou que se viam sombras que eram as deles, mas que, na verdade, eram as da montanha representada pelo casaco.
O Srº Jerónimo, mesmo perante esta demonstração, continuou casmurro e desconfiado, não por não acreditar, mas sim por não querer perder a razão. O Sr Agapito, porém, elogiou a sabedoria do astrónomo, dizendo-lhe que gostaria de saber o que ele sabia. O astrónomo, humildemente, respondeu-lhe:
  Todo o tempo é de aprender desde a hora do nascer até que a vida se acabe.
Deu, assim, uma grande lição de humildade a todos aqueles que acham que já sabem tudo, disse-me a minha mãe, tentando ensinar-me que a humildade é uma atitude nobre que nos leva a querer aprender mais e mais. Assim, ainda hoje e para sempre, carrego comigo esta lição!

Íris Andrade- 8ºE