terça-feira, 9 de junho de 2020

Cada vez gosto mais de ser português e cada vez tenho mais orgulho no meu país. (...) Para mim, Portugal é central e muito grande. António Lobo Antunes

Amanhã, dia 10 de junho, celebra-se o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades e ainda o Dia da Língua Portuguesa.
 Foi, neste dia, que morreu Camões, no ano de 1580.
Apesar de, nos primeiros anos da República, ser um feriado exclusivamente municipal, a 29 de agosto de 1919, através do Decreto 17.171, passou a consagrar-se o dia 10 de junho como feriado nacional.
Luís Vaz de Camões é a maior referência da literatura portuguesa. Inspirou-se nos clássicos gregos e romanos para a composição da sua grande obra, “Os Lusíadas”.
Por muito que a sua vida tenha sido sofrida e atribulada, o poeta notabiliza-se por uma educação requintada, que lhe permitiu estabelecer o contacto íntimo e inspirativo com as referências da poesia de então.
Imortalizou-se pela sua obra que se tornou intemporal e universal.


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o Mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões

 "Em 29 de agosto de 1919 (...), passou a consagrar-se o dia 10 de junho como feriado nacional.

"Luís Vaz de Camões é a maior referência da literatura portuguesa".


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