Tínhamos de divulgar esta obra!
É, de facto, uma estranha e mágica história do senhor Vivaldo Bonfim, um escriturário entediado que leva romances e novelas para a repartição de finanças onde trabalha.
Um dia, enquanto finge trabalhar, perde-se na leitura e desaparece deste mundo.
Esta é a sua verdadeira história — contada na primeira pessoa pelo filho, Elias
Bonfim, que irá à procura do seu pai, percorrendo grandes clássicos da literatura...
Aqui vão dois excertos, para estimular a leitura, desta fantástica obra, de Afonso Cruz!
« (...)“Há
inúmeros lugares onde um ser humano se pode perder, mas não há nenhum tão
complexo como uma biblioteca. Mesmo um livro solitário é um local capaz de nos
fazer errar, capaz de nos fazer perder. Era nisto que eu pensava enquanto me
sentava no sótão entre tantos livros.” (Pág. 28).
“Atravessar a Rússia significa
percorrer onze fusos horários. Quando numa ponta do país é de dia, a outra é de
noite. A Rússia é como a alma humana. Se tem um lado luminoso, é porque a outra
ponta está no escuro. Somos todos feitos desta estranha mistura de fusos
horários.” (Pág. 86).